Seis cartões brancos mostrados nas Fases Finais
As Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários são o evento multidesportivo da FADU que envolve a maior participação de estudantes-atletas num mesmo local. A par do lado competitivo, há espaço para o convívio, amizade e… fairplay. No que respeita aos atos nobres dentro de campo ou da quadra, há forma de assinalar os bons comportamentos e é associando-se ao cartão branco promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) que as equipas de arbitragem das competições da FADU o fazem. Este ano foram atribuídos seis cartões brancos.
O primeiro foi atribuído ao treinador de futsal da Associação Académica de Coimbra (AAC), Luís Antunes, no jogo entre a AAC e a Associação de Estudantes da Universidade da Maia (AEUMAIA), por ter prestado assistência a um jogador da equipa adversária. Na segunda semana, também no futsal, treinadora da equipa feminina da AAC, Bruna Dias, viu a sua equipa marcar enquanto duas adversárias estavam paradas, após terem chocado, e incentivou as suas jogadoras a permitir um golo à equipa adversária, a Associação de Estudantes da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (AEFADEUP). O gesto de fairplay valeu-lhe o cartão branco.
Na competição feminina de voleibol, num jogo entre as equipas da Associação de Estudantes da Universidade Portucalense Infante D. Henrique (AEPortucalense) e da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), uma decisão de ponto, que a equipa do Porto admitiu ser injustamente marcada a seu favor, desencadeou a atribuição de cartão branco ao treinador da equipa, Diogo Ribeiro.
No mesmo dia, foram mostrados outros dois cartões brancos, a Beatriz Marques, estudante-atleta de basquetebol da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), por ter dado assistência a uma adversária no último lance do jogo com a Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST), em que a própria esteve envolvida, antes do prolongamento. Mais tarde, o médico que acompanha a equipa masculina de voleibol da Universidade Nova de Lisboa (NOVA), prestou assistência a um jogador adversário, da AAUAv e também essa postura foi enaltecida pelo árbitro do jogo. Ainda na competição masculina de voleibol, fisioterapeuta da AAUMinho, Cláudia Francisco, viu o cartão branco após ter prestado assistência a um estudante-atleta da AEIST.
O cartão branco resulta de uma parceria entre o Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED) do IPDJ e a Confederação das Associações de Juízes e Árbitros de Portugal (CAJAP), sendo um recurso pedagógico que visa enaltecer condutas eticamente corretas, praticadas por atletas, treinadores, dirigentes, público e outros agentes desportivos. A FADU aplica-o desde a época 20/21.