Judo, natação e esgrima trouxeram mais verde, amarelo e vermelho a Itália
É caso para dizer que em Itália, o verde, branco e vermelho começa a dar lugar ao verde, vermelho e amarelo. Isto porque, esta segunda-feira, chegaram à região napolitana as comitivas portuguesas de judo, natação e esgrima, esta última com deslocação para Salerno, onde irá competir. A dois dias do início da competição, Raquel Pereira, Pedro Silva e Rui Costa falaram um pouco do que lhes vai na alma sobre a chamada à 30.º edição da Universíada de Verão.
Depois da chegada da ginástica artística e do basquetebol, mais uma onda lusa chegou à região de Campânia. Pedro Silva, estudante de engenharia aeroespacial e atleta de judo na Universidade de Lisboa (Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias), descreveu à chegada a forma como vê a competição. ‘Temos ideia do que são os Jogos Olímpicos e do que é aquele ambiente de quatro em quatro anos. As universíadas são só para quem tem esta carreira dual e acaba por ser muito parecido, com a diferença de que são de dois em dois anos. É o culminar de todo o trabalho que fizemos até agora e ainda a recompensa por conseguirmos conciliar estas duas vertentes’.
O facto de a competição ser disputada em sítios muito diferentes do globo, leva a que a experiência seja sempre ‘muito enriquecedora’ mesmo para quem já tenha tido a experiência no passado, como é o caso de Pedro. ‘Estive em Taipé há dois anos e a cultura é muito diferente. Este ano é Europa e nem que seja por estarmos hospedados num navio cruzeiro, a experiência já será logo diferente. É incrível’. Quanto ao nível competitivo, há a certeza de que estarão os melhores dos melhores. ‘Há dois anos tivemos campeões do mundo a competir, este ano temos campeões da Europa, há muitos dos melhores a competir e o nível é bastante elevado’, disse, descrevendo o significado de competir para ‘ganhar Portugal’. ‘Para nós é um orgulho enorme representar as cores do nosso País, no caso do judo temos a palavra POR atrás e por isso carregamo-lo literalmente às costas’, brincou.
Pela primeira vez a viver uma experiência multidesportiva, Raquel Pereira, atleta de natação e estudante de Gestão na Universidade Nova de Lisboa, mostrou-se surpreendida com o ambiente à chegada e quer agora dar o seu melhor. ‘Parece-me um ambiente um pouco mais descontraído do que aquilo que estou habituada. É sempre bom estar em ambientes diferentes e também ter nível competitivo para melhorar e progredir. Este ano é ano de mundial e não conseguindo estar lá, esta acaba por ser a competição mais importante que temos durante o ano’ disse, salientando que ‘nem sempre é fácil competir e seguir com os estudos’.
Da Universidade do Porto, onde frequenta a licenciatura de Ciências do Desporto, chegou Rui Costa, atleta de esgrima, que seguiu na comitiva que começa a competir em Salerno na quinta-feira. ‘É um orgulho e uma grande responsabilidade representar o meu País e por isso a minha vontade é a de mostrar o melhor da minha esgrima’, disse. ‘Entre competições, treinos, aulas, exames e trabalhos, pouco tempo nos resta e torna-se ainda mais difícil se não tivermos o devido apoio. Para tudo funcionar na perfeição penso que será necessária uma coordenação ainda maior entre as entidades responsáveis por cada lado da nossa vida de estudantes-atletas’, concluiu.
Para esta terça-feira está marcada a chegada da Seleção Nacional Universitária de voleibol masculino e dos atletas-estudantes que irão representar Portugal na competição de ténis.