Mundial universitário em Portugal premiado pela FISU
“A excelente organização, o elevado nível de competição, a incrível imagem dos jogos e o forte envolvimento e colaboração das três entidades organizadoras locais com a FADU e as entidades governantes”. São estes os argumentos que levaram o Campeonato Mundial Universitário (CMU) de Voleibol de Praia a receber o prémio de Melhor CMU de 2014 atribuído, pela primeira vez, pela Federação Internacional do Desporto Universitário (FISU).A competição, que decorreu em julho de 2014, foi organizada pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), pela Federação Académica do Porto (FAP), pela Universidade do Porto (U.Porto) e pelo Instituto Politécnico do Porto (IPP), e vai receber o prémio na 2ª Gala da FISU, no dia 2 de julho, em Gwangju, na Coreia do Sul.
O presidente da Comissão Organizadora do CMU, Rúben Alves, considera que este é o reconhecimento “de um enorme esforço de um significativo número de pessoas que participaram na organização. Desde o primeiro momento, fixou-se o objetivo de oferecer um evento de qualidade superior, muito além da simples vontade de cumprir os mínimos que nos eram exigidos”.
Para o antigo presidente da FAP, é também o resultado de uma combinação vencedora de fatores presentes no evento. “Tínhamos bons ingredientes para criar um bom resultado: a equipa, a cidade, o clima, a modalidade. A partir daí, fomos capazes de importar o know-howde cada uma das instituições e construir um plano sólido, coerente no tempo, tirando partido da organização consecutiva do campeonato europeu, em 2013, e do campeonato do mundo, em 2014. A forte aposta na promoção dos eventos elevou a sua notoriedade internacional e aumentou as expectativas de todos. Para corresponder a essas expectativas, durante o evento, além de uma especial atenção aos detalhes que fazem a diferença a este nível, soubemos proporcionar uma experiência completa aos oficiais e atletas” explica.
Portugal tem vindo a assumir um crescente protagonismo no panorama internacional quer pela organização, quer pela participação em eventos do desporto universitário. Por isso, a presidente da FADU, Filipa Godinho, vê este prémio como mais um momento de destaque ao desempenho português.
“Por várias vezes somos chamados a apresentar, nos momentos formativos da FISU, as boas-práticas, casos de sucesso e a projeção que estes eventos dão ao desporto universitário e ao país. Os CMU’s têm já uma grande dimensão e uma cada vez maior expansão e sem dúvida que já fazia falta este reconhecimento. É um orgulho que Portugal seja o país que recebe este primeiro destaque. A FADU, juntamente com as associações académicas e de estudantes e com as instituições de ensino superior, tem trabalhado para este reconhecimento”, conta.
Para o Reitor da U.Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, “este prémio é uma distinção que vem reconhecer o excelente trabalho realizado pelas três instituições envolvidas: a U. Porto, o IPP e a FAP. Esta é também uma vitória da nossa cidade, local perfeito para receber este tipo de eventos desportivos. Para além disso, traz à U. Porto responsabilidades acrescidas para organizar um grande CMU de Floorball já em 2016”.
A novidade do prémio tornou-se pública hoje, dia 5 de maio, durante a Gala do Desporto da FAP, onde a presidente do IPP, Rosário Gambôa, manifestou o seu contentamento e felicitou todos os intervenientes na organização do CMU.
O atual presidente da FAP, Daniel Freitas, sente que este reconhecimento surge como uma motivação extra para futuros eventos. “Ninguém quer ficar para trás depois de um reconhecimento deste género. O prémio vem atestar a capacidade das entidades organizadoras, considerando-nos os melhores do mundo a fazê-lo. Portanto, para lá da motivação já existente, podemos apresentar mais candidaturas e esperar que sejam aceites com maior taxa de sucesso, uma vez que este prémio representa a qualidade de Portugal na organização do desporto universitário internacional”, exalta o dirigente, que aproveita o momento para agradecer ainda à comissão organizadora, voluntários, equipas médicas e patrocinadores.
“O nível de exigência já está bastante alto, independentemente de o mesmo ser ou não reconhecido com prémios”, defende Filipa Godinho. A presidente da FADU afirma que o futuro consiste em “apostar em modalidades estratégicas e ir deixando legado. É importante ter um pensamento estratégico como organizador e como participante. Identificar modalidades que façam sentido em Portugal e que possam trazer mais ao desporto universitário português a todos os níveis. Passará igualmente por apoiar e incentivar mais regiões do país a desafiarem-se e agarrarem estas oportunidades”.
A 2ª Gala da FISU antecede a 28ª edição das Universíadas de Verão que vão decorrer de 3 a 14 de julho, em Gwangju, na Coreia do Sul.