27ª Universíadas de Verão Kazan 2013: 31º lugar para Portugal
No culminar de 12 dias do melhor desporto universitário, Pedro Dias, Chefe da Delegação, faz o balanço da participação portuguesa.
A 27ª edição das Universíadas de Verão, em Kazan, na Rússia, chegou ao fim no passado dia 17 de julho. Com 30 atletas na delegação portuguesa a competir em 8 modalidades: Atletismo, Canoagem, Esgrima, Ginástica Artística, Judo, Natação, Voleibol de Praia e Xadrez, Portugal terminou em 31º lugar do ranking de medalhas nestas Universíadas.
A Cerimónia de Encerramento decorreu com a presença dos voluntários, participantes, habitantes da cidade e importantes individualidades, entre eles, o Primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev.
Os voluntários tiveram um papel importante no evento e souberam desempenhá-lo da melhor forma. Mais de 20.000 pessoas, oriundos não só de Kazan, mas também de vários cantos do mundo, contribuíram significativamente para o sucesso do evento.
Estas Universíadas quebraram várias marcas, com 27 modalidades em competição, 11,785 participantes, em representação de 160 países. A Delegação mais bem-sucedida foi a “equipa da casa”, a Rússia, com a conquista de 262 medalhas, entre as quais 155 de ouro. A 27ª edição não será recordada como as Universíadas mais participada de todas, mas foi a que teve mais recordes batidos. Ao todo, foram 46 novas marcas no Atletismo, 45 no Halterofilismo, 40 na Natação e 27 no Tiro.
Para a Delegação Portuguesa, o sucesso da missão foi algo a destacar. “Superou as minhas melhores expectativas, foi excecional a forma responsável e sentimento de compromisso com que todos os elementos se entregaram em representação do nosso país”, refere o Chefe de Delegação, Pedro Dias.
Perante os resultados obtidos, duas medalhas de Ouro de Fernando Pimenta, K1 500m e K1 1000m, e duas medalhas de Bronze, uma de André Alves (Judo -73 kg) e outra de Marcos Chuva (Atletismo, Salto em Comprimento), Pedro Dias transmitiu que se sente “muito satisfeito, pois responde à oportunidade que damos a vários jovens estudantes e atletas de alto rendimento, que aqui se conseguiram superar e conseguiram resultados de excelência que lhes vão proporcionar outras oportunidades”.
Não só medalhas fizeram parte das conquistas portuguesas, já que foram seis, os Diplomas de Honra a serem entregues aos atletas: Carla Salomé Rocha, 6ª classificada nos 5.000m e 10.000m, Marcos Caldeira, 8º no Triplo Salto, no Atletismo; Ana Cachola, 5ª nos -63kg do Judo; Fátima Cabrita, 8º lugar, e Fernando Pimenta, 7º lugar, em K1 200m, na Canoagem.
“Integrar o Alto Rendimento ou alcançar a qualificação para os mundiais, são exemplos que atribuem aos atletas o papel de embaixadores da carreira dupla, demonstrando que é possível praticar desporto ao mais alto nível e ter uma carreira académica em paralelo”, comenta Pedro Dias.
Esta foi a sua 12ª Universíada de Verão, mas nem sempre pode estar próximo da delegação portuguesa, ao exercer o cargo de membro do Comité Executivo da Federação Internacional de Desporto Universitário (FISU). No papel de Chefe de Delegação descreve que “é excelente, mas não há comparação, são vivências distintas e sem qualquer desrespeito para com os cargos que exerci anteriormente, esta é uma experiência muito mais enriquecedora, porque estamos com a nossa delegação, com os nossos atletas”.
O evento, considerado o 2º maior evento multidesportivo, a seguir aos Jogos Olímpicos, recebeu uma atenção mediática e cobertura à escala global, aumentando a popularidade do Desporto Universitário a nível mundial.
Cada vez mais é visto o valor acrescentado da participação nas Universíadas, “todos os que têm oportunidade de ter esta experiência, quer os atletas, quer os técnicos, são os embaixadores daquilo que representa este evento e do nível desportivo que tem”, acrescentando que “contribui para o desenvolvimento desportivo dos atletas, que estão em percurso de alto rendimento e que pode integrar naturalmente os ciclos olímpicos, pois é um espaço de afirmação dos atletas”.